Operação Coutinho falhada. Operação Verratti falhada. Seri descartado. O que será desse Barça?

O clube catalão não foi capaz até agora de elevar o nível da equipe

Tudo deve ficar nas costas do argentino mais uma vez

Um dos maiores problemas do Barcelona na temporada passada foi exatamente a falta de qualidade e dinamismo no meio-campo. Foram prometidos ótimos reforços para este setor. No entanto, isso não aconteceu até agora.

Rakitic não consegue mais desenvolver o futebol que apresentou em 2015. André Gomes, Arda Turan e Dênis Suárez foram contratações fracassadas. Rafinha não evoluiu da forma que se esperava. Iniesta, com idade avançada, já não é tão dinâmico como antes e não tem condições físicas para aguentar grandes sequências de jogos, apesar disso ainda é disparado o meio-campista com mais talento da equipe.

Desse jeito, o objetivo ao final da temporada 2016/17 era claro: reforçar o meio-campo com jogadores de peso que poderão realmente agregar valor na equipe e assumir a titularidade.



Foram em busca de Marco Verratti. Fontes diziam que o jogador queria muito jogar em um clube como o Barcelona e estava disposto a sair da França. O meia italiano era o jogador perfeito para o encaixe do meio-campo blaugrana e cada vez mais se acreditava de que ele realmente chegaria ao Barça. Porém, com o PSG não houve nem conversa. Como lá eles não possuem cláusula de rescisão no contrato, a venda fica a critério do dono do clube, que além de não querer nem conversa com os dirigentes do Barça, ainda teve a audácia de simplesmente, sem fazer esforços, tirar Neymar da nossa equipe. Operação Verratti sem sucesso e um novo problema surgiu.

Com a saída de Neymar o Barça tinha um grande novo problema, que teria que ser resolvido o quanto antes. A reposição de um jogador como o brasileiro não seria nada fácil. Voltou a se falar forte no nome de Coutinho, mas para a reposição daquela função, o objetivo maior era Dembélé.

Demorou mais do que deveria, mas aconteceu, Dembélé chegou para substituir Neymar. Até então, parecia que a equipe tinha elevado o seu patamar, mas se analisarmos bem, perdemos Neymar e repomos com Dembélé, que é um jogador bem mais jovem, sem tanta experiência ainda e inferior tecnicamente. Ou seja, o nível da equipe não se elevou, na verdade ele está mais baixo do que já estava antes.

Jean Seri do Nice, que já vinha sendo observado pelo Barça, se tornou de última hora uma prioridade para o clube. Seria um reforço ótimo, era um meio-campista que o Barcelona necessitava, sem tanto nome ainda, mas muito dinâmico, habilidoso, jovem e criativo. Ficamos com uma esperança boa de que o Barça estava finalmente renovando o seu meio-campo. Mas, sem mais nem menos, quando tudo parecia estar certo, os dirigentes do clube resolvem descartar a negociação do jogador. A equipe continuou sem elevar seu nível.

É verdade que à essa altura, o brasileiro Paulinho já havia sido contratado. Mas cá entre nós, o volante da seleção brasileira não é nem de longe o meio-campista habilidoso, criativo e jovem que o Barcelona necessita. Pode vir a ser importante sim, mas não era a contratação esperada.



Talvez o descarte de Jean Seri fosse para focar totalmente na contratação de Philippe Coutinho. Contanto que ele viesse, nenhuma outra contratação iria fazer falta, pelo menos do meio pra frente. E foi isso que aconteceu, vários dias com o foco em trazer o craque brasileiro que iria de fato colocar a equipe em um patamar muito superior do da temporada passada. A cada momento uma informação diferente, uns diziam que o Liverpool já tinha aceito negociar, outros afirmavam que o brasileiro não sairia de Anfield. O que aconteceu no final todos já sabem. Após várias recusas do clube inglês, o Barcelona decidiu desistir da contratação do brasileiro.

Ainda faltam algumas horas para o mercado se encerrar na Espanha, talvez chegue algum reforço importante para a equipe, mas não esperemos grande coisa dessa diretoria que não possuiu planejamento algum. Sem reforços na defesa, no meio-campo e no ataque, prevejo um Barça muito dependente mais uma vez de Lionel Messi. Se for exatamente assim, é bom já se contentarmos com mais uma final de Copa do Rei. Ou talvez nem isso.



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