Messi não precisa de bicicleta para fazer magia

Lionel Messi está muito acima de qualquer jogador desse século

Alex Caparros | Getty Images

O mundo do futebol elogiou, com razão, o golaço de bicicleta feito por Cristiano Ronaldo contra a Juventus na Champions. Embora a mídia tenha tentado transformar esse gol (que foi sim espetacular) no melhor ou mais bonito da história erradamente. Quantos gols já não vimos de bicicleta?! Muitos até mais bonitos, dominando a bola no peito, uma jogada espetacular antes da finalização, de fora da área (como a do Ibra), etc.

A execução do português foi perfeita plasticamente. Somente atletas com essa capacidade física conseguem fazer o movimento daquela forma. No entanto, o gol não está classificado como genial, pois só Messi e alguns outros gênios da história do futebol conseguiam encantar com gols diferenciados e jogadas magnificas.

Ontem contra o Leganés (sim, o time que eliminou o Real Madrid na Copa do Rei) o argentino nos mostrou mais um pouco dessa sua magia. Em 5 minutos, Leo acabou com o jogo marcando dois gols, um deles de falta que é mais uma de suas especialidades. Nos minutos finais, marcou mais um, dominando uma bola entre três zagueiros e dando um toque por cima do goleiro. Messi colocou o Barça mais próximo do título da La Liga e manteve o sonho de serem campeões invictos nessa competição.

Momento do 3° gol de Messi

Lionel Messi não precisa de gols de bicicleta para provar que é o melhor do mundo e da história desse esporte. A sua capacidade e genialidade fica a mostra jogo após jogo e sua diferença para os outros é evidente. Mesmo depois de uma década dominando praticamente todas as façanhas do jogo com esse nível de genialidade, ele não se cansa de jogar assim e não necessita mudar seu estilo de jogo para poder continuar rendendo. Ao contrário de muitos, ele acaba evoluindo e melhorando cada ano que passa.

Consegue fazer tantos gols quanto um jogador que é completo nos termos de finalização. Consegue dar tantas assistências quanto um jogador que se dedica a partida inteira a encontrar um companheiro bem posicionado e possui qualidade excelente de passe. Consegue driblar tanto quanto o jogador mais habilidoso. Consegue correr tanto quanto o jogador mais veloz. Consegue proteger a bola e aguentar entradas fortes tanto quanto o jogador mais forte. Consegue bater faltas tão bem quanto o maior especialista desse quesito.

Talvez seja verdade o que falam, Messi pode não ser o melhor finalizador da história, o melhor assistente da história, o melhor driblador da história, o mais habilidoso da história, o mais rápido da história, o mais forte da história ou o melhor batedor de faltas da história. Mas ele é sim o melhor jogador de futebol da história, pois une todas essas características e as domina com perfeição, usufruindo de uma genialidade espetacular e um tanto quanto misteriosa. Depois de tudo isso, será que um gol de bicicleta ainda muda alguma coisa?